
Saúde mental: Caps promove várias atividades no encerramento do mês da Luta Antimanicomial
A Praça do Maçom, entre as Folhas 29 e 30, recebeu uma grande programação realizada pelo Centro de Atenção Psicossocial – CAPS III Castanheira, como forma de reforçar o debate sobre a luta antimanicomial no país. O evento encerrou um mês de atividades voltadas à temática.
Segundo Katiane Chaves, coordenadora do CAPS, o intuito da programação foi levar para fora dos muros do centro as atividades desenvolvidas pelas pessoas atendidas, reunir as famílias e ressaltar as políticas de saúde mental que são realizadas em rede. Nesse sentido, a participação dos grupos de atendimento foi relevante para mostrar o quanto o serviço faz diferença na vida das pessoas assistidas.
“A rede começa na família, nos espaços como praças, na educação, na segurança e entre outros lugares. Nós pensamos em levar para a sociedade aquilo que ela vê, mas não quer enxergar, que é a saúde mental em uma outra perspectiva, outro olhar, que é de inserção, de reinserção desses indivíduos na sociedade e o direito de ir e vir, independente da condição de saúde mental”, comenta a coordenadora.



A programação contou com espaços para pintura, artesanato, meditação, crochê, apresentação de carimbó, Muay Thai, dentre outros. O público pôde ver quadros pintados pelas pessoas atendidas durante as oficinas do centro e montar um quebra-cabeça alusivo à campanha. Também foi distribuído um lanche aos participantes.
Durante a programação, Geanne Rebelo entregou agendas feitas de maneira artesanal. Fazendo acompanhamento desde 2018 no CAPS, ela conta que chegou sem perspectivas, mas que o centro transformou a vida. “Eu não tinha possibilidade mais de querer viver e o CAPS me proporcionou esse momento com terapia, acompanhamento psiquiátrico e meditações. Eu faço parte desse grupo maravilhoso, uma equipe exemplar e que fez a diferença na minha vida. Por isso que estou aqui hoje. O CAPS é um espaço de acolhimento, atendimento e liberdade”, afirma.



O crochê, atividade realizada no CAPS, transformou-se em uma fonte de renda para Ruth Rodrigues, que é atendida há dez anos no centro. Por experiência própria, ela compartilha que os grupos terapêuticos têm grande importância e cumprem um papel essencial na vida dos atendidos.
“Eu tenho muito orgulho dessa instituição porque salvou a minha vida. O CAPS funciona porque, além de eu fazer o tratamento, me deu uma vida no barbante (crochê) e nos grupos terapêuticos. Por meio do barbante, hoje, eu sou microempresária, tenho meu ateliê próprio. Porque no CAPS, eu encontrei profissionais capacitados que me ajudaram. A sociedade tem que olhar a gente que faz tratamento no CAPS com olhar humanizado”, pontua.



A luta antimanicomial, segundo Paula Aviz, enfermeira psiquiátrica e técnica do CAPS, visa relembrar como as pessoas com transtornos mentais eram tratadas: sem liberdade, cuidado e direito à assistência necessária.
“Essa lembrança é para que a gente não regrida, não esqueça que os serviços substitutivos como CAPS, Ambulatório de Saúde Mental e outros serviços da rede de assistência, tanto a saúde, educação são importantes na manutenção da saúde mental de todo indivíduo. É nesses momentos que a gente vê que o nosso trabalho está valendo a pena. Cada parte aqui foi feita não só com os profissionais do CAPS, mas com os usuários. É muito significativo. Acho que só quem está à frente de um trabalho desse sabe a dimensão”, destaca.



Para mais informações, o telefone do CAPS é 94-981190486
Confira mais imagens do evento de encerramento:






Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Sara Lopes e Wilielton Amaral (Drone)
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