O trabalho das equipes é direcionado pelo Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa)

O Departamento de Combate às Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) intensificou as ações nos bairros com maior incidência de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e Chycungunya, a exemplo o bairro Norte, no núcleo São Félix. Para as ações foi montada uma força-tarefa com 34 agentes de combate a endemias que estão visitando as casas do bairro Norte e de outros locais como a Folha 33, Belo Horizonte e Jardim Tropical.

“É onde encontra-se os maiores depósitos de reservatórios de água que faz essa proliferação do Aedes aegypt. Então durante o período de veraneio, nós intensificamos essas ações não só no bairro Norte, como outras localidades, também, mas passando uma orientação mais de reforço ao morador”, explana o coordenador do Departamento de Endemias, Bruno Anchieta.

O trabalho das equipes é direcionado pelo Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), um método de amostragem usado para monitorar e controlar o mosquito vetor das doenças. A pesquisa, que ocorre bimestralmente, é realizada pelos agentes para fornecer aos gestores informações sobre a quantidade de imóveis com larvas do mosquito. O LIRAa serve para direcionar ações preventivas de forma eficaz e econômica. O último levantamento foi feito na primeira quinzena do mês de julho, apontando que apenas o bairro Norte obteve alto índice de infestação, acima de 4%. Os demais bairros deram médio e baixo risco. 

Uma das equipes visitou a casa da dona Maria Neide Moreira, onde verificaram as caixas d’água e encontraram larvas do mosquito. Ela prometeu ampliar os cuidados. “Vou seguir as orientações dos agentes e vou limpar as caixas. Tem que limpar mesmo, não pode ficar assim não. Eu já sou acostumada a fazer a limpeza também e é importante para combater a doença, o mosquito da dengue aí”, relata.

Outra casa visitada foi a da dona Maria de Lourdes Barreto. Ela afirmou estar sempre atenta à limpeza do quintal. “A gente procura evitar deixar a água parada, até porque eu já tive dengue e sei que não é fácil mesmo, mas eu limpo todo dia. E evito também deixar o lixo, nem só dentro da casa da gente, mas também aqueles terrenos baldios, então na rua também, pode encontrar um copinho descartável, uma tampinha com água. A prevenção é a melhor solução”, pontua.

Cerca de 30 residências são visitadas por dia, além de orientações, os agentes, profissionais como a Laureni Gomes, também distribuem hipoclorito de sódio para a purificação da água.

“Nós entramos pra orientar a população dos cuidados, não só com os depósitos de água. Esquece que nossos lixos também são os principais focos da dengue. Eu oriento a população para ter cuidado porque na verdade, a gente acha que a dengue é só no período chuvoso, inverno, mas não é. A dengue é todo o ano porque a resistência do ovo da dengue no período de seca é de 450 dias. A gente faz a nossa parte, mas a população tem colaborar também”, alerta.

Texto: Fabiana Alves
Fotos: Paulo Sérgio Santos 

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