COVID-19: Vigilância Sanitária realiza levantamento nas escolas
Relatório é para para saber viabilidade de retorno às aulas na rede pública municipal
O relatório sobre o funcionamento das instituições escolares do setor privado em Marabá durante a pandemia do novo coronavírus será concluído pela Divisão de Vigilância Sanitária de Marabá (Divisa), no final do mês. As instituições educacionais, que retornaram as atividades há cerca de seis meses, tiveram de se adequar as normas sanitárias. Além das visitas técnicas, na semana passada, a DIVISA também distribuiu às escolas um questionário para diagnóstico da situação.
Em uma escola de educação infantil, da Folha 32, Nova Marabá, por exemplo, além dos protocolos de praxe, a instituição instalou mais lavatórios com água e sabão, dispensadores de álcool em gel por todos os espaços e, ainda, controla a entrada de pais e alunos com medida da temperatura e higienização das mãos.
“A gente monitora as crianças, se tiver com sintomas gripais não entra na escola, ou se apresentar algum sintoma aqui na escola a gente chama os pais e essa criança só pode retornar depois de comprovar com o teste que ela não está contaminada. Fazemos também higienização constante do prédio a todo final do dia. Aqui a gente não teve casos ainda”, pontua Evane Botelho, sócia administradora da escola, que avaliou positivamente o trabalho de fiscalização da Divisa.
A obrigatoriedade do uso de máscaras para os alunos, de equipamentos protetores para os professores, a priorização de atividades ao ar livre e o retorno às aulas com horários de turmas diferenciados, bem como, a proibição de material de uso coletivo, são também algumas das estratégias implementadas nas instituições no combate a proliferação do coronavírus. Saber a eficácia dessas medidas nos ambientes escolares é o que a Divisa objetiva com o diagnóstico aplicado.
O relatório possui seis questões sobre situações como o afastamento de alunos e colaboradores por sintomas da covid-19 e a quantidade de pessoas; se houve relatos de familiares contaminados; óbito; se houve impedimento de alunos ou profissionais com sintomas gripais na escola, dentre outras.
Caio Fernando Veloso, técnico da Vigilância Sanitária, trabalha no recolhimento dos questionários nas escolas da Nova Marabá. Segundo ele, até o momento o retorno tem sido positivo. “Essa atividade é para captar dos próprios estabelecimentos de educação de ensino com foi a retomada da atividade escolar no ano 2020. Saber como isso ocorreu em relação à covid-19, para assim, nós podermos verificar a necessidade de tomar novas providências, novos posicionamentos para o exercício de 2021”, ressalta o engenheiro civil.
De acordo com Daniel Soares, coordenador da Divisa, após a conclusão da avaliação diagnóstica, caso os resultados sejam positivos, a Vigilância apresentará a proposta do retorno às aulas na rede pública, para o comitê de enfrentamento ao coronavírus que por sua vez deve deliberar junto ao prefeito. “É um estudo ousado, a gente verificou, em algumas pesquisas, que o índice de contaminação é muito baixo entre pessoas de 0 a 19 anos, exatamente a idade escolar do ensino fundamental. A gente entende então, que talvez, o ensino fundamental poderia retornar sim, às aulas públicas. Por conta disso estamos fazendo esse levantamento para termos uma resposta prática para subsidiar nossa opinião”, esclarece.
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Aline Nascimento