Cultura: Projeto Quebra Baque realiza Oficina de confecção de instrumentos musicais na Escola Mendonça Vergolino
As crianças do 4º e 5º ano da Escola José Mendonça Vergolino tiveram uma terça e quarta-feira, 16 e 17, diferente, com o pessoal do Projeto Cultura Quebra Baque, de Recife-PE. A equipe do projeto realizou uma oficina com os alunos ensinando a produzir instrumentos musicais a partir de objetos simples, além de conversar sobre música e realizar um cortejo cultural pelas ruas da Marabá Pioneira, no entorno da escola.
O Grupo tem 20 anos de estrada e realizou o projeto via Lei de Incentivo à Cultura, com apoio do Instituto Cultural Vale, Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Ministério da Cultura do Governo Federal. Além de Marabá, São Luís, Parauapebas e Belém também receberão a visita do grupo.
“O Grupo Quebra Baque veio fazer uma oficina e nossa escola foi escolhida. Nós escolhemos 40 alunos para participar. O projeto foi muito bom. Os alunos se empolgaram e aprenderam super rápido. Eles conseguiram confeccionar os instrumentos e hoje foi muito legal, eles tocando pelas ruas. O material produzido permanecerá na escola. Eles usaram garrafão de água, garrafa pet, colocaram feijão, foi bem interessante”, comenta Nilva Américo, diretora da escola.
Tarcísio Rezende, mestre do grupo Quebra Baque, explica como funcionam as oficinas.
“Utilizamos botijões de água, latões representando os tambores, garrafas de refrigerante de água mineral, representando chocalhos, frigideira, batedeira de bolo representando tamborim. O que tinha ao nosso redor, a gente usou. Tampinhas, fichinhas de garrafas, viraram efeitos. Esses instrumentos que construímos e demonstramos, são instrumentos que a gente usa no dia a dia em gravações e shows. Não é o instrumento convencional, mas ele representa o ritmo, a sonoridade, o efeito sonoplástico”, comenta.
Ele elogia a disposição e entusiasmo das crianças marabaenses. “Marabá foi perfeito. A empolgação e participação das crianças. Muito animadas, dispostas, participativas. Todo o acolhimento da cidade foi muito bom. Estamos muito felizes de trazermos nosso maracatu para cá”, complementa o mestre Tarcísio.
A aluna Sarah Victória, 10 anos, dá a sua opinião sobre o projeto.
“Achei muito legal poder fazer instrumento e tem um monte de gente legal na equipe. Aprendi a fazer tambor. Nunca tinha tocado nenhum instrumento antes”, comenta a estudante.
Enquanto Gustavo da Silva Vieira, 10 anos, diz que gostou mesmo foi da apresentação pelas ruas da cidade e de cantar e dançar.
“Gostei muito de dançar, cantar e sair por aí. A música é muito legal, com nossos próprios instrumentos, poderia ter mais vezes”, comenta o aluno.
Aquiles Vinícius, 9 anos, faz coro à opinião dos coleguinhas.
“Eu achei muito bom. Foi muito legal. Teve dança, teve tambor. Teve umas músicas. Eu gostei da música do Coco. Aprendi a fazer instrumentos e gostei de tocar na rua”, opina o menino.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Aline Nascimento