Saúde: Setor de rouparia do HMM tem equipe de costureiras que confecciona com esmero vestimentas dos pacientes
“É de suma importância esse trabalho porque se não tiver a bata cirúrgica não acontece a cirurgia. É um conjunto, na verdade. Todo mundo tem sua importância. A costura também, não só no dia da costureira. A gente nem sabia que a gente tinha um dia”.
Pois é Antônia Jucivane, as costureiras têm um dia sim e é pra lá de merecido, que é neste 25 de maio, data de comemorar um dos trabalhos que podem passar despercebidos pela maioria das pessoas que vão ao Hospital Municipal de Marabá (HMM). Talvez, em algum momento, as pessoas tenham dúvidas de onde vêm as batas e outras peças usadas no dia a dia do hospital, mas a verdade é que uma equipe de costureiras empenhadas é responsável por produzir as vestimentas.
A Antônia começou a trabalhar no setor de rouparia do HMM em 2017, como identificadora, responsável por pintar, à mão, as funções e setores de cada peça. Depois, foi coordenadora e, a partir de 2024, começou a trabalhar diretamente com a costura. Hoje, a equipe é composta por três costureiras e quatro identificadoras e, devido à demanda, o trabalho não pára no setor. Mensalmente, a equipe recebe os materiais para produção das vestimentas: são batas, capotes, shorts, lençóis e demais peças que atendem de crianças a idosos, produzidas em todos os tamanhos.
“A gente faz desde confecção de lençóis, confecciona a roupa dos internos do hospital, no caso os pacientes, roupa de funcionários, todo o enxoval do hospital é daqui, salvo algumas peças que já vêm prontas e a gente só trabalha com a identificação delas. Tudo é confeccionado aqui nesse setor de rouparia e costura do hospital municipal”, explica.
No setor, há diversos nichos separados para cada setor. Após a produção, as peças passam pela lavanderia, que fica ao lado, antes de serem entregues aos departamentos que as solicitaram. Dependendo das demandas, os itens podem ser realocados para outros setores, por isso há a necessidade de trabalhar com estoque das peças para atender às solicitações do dia a dia.
Apesar de atenderem demandas que podem ser diárias, nos meses de julho e dezembro a equipe entra em força tarefa para entregar mil peças, que visam suprir todo o hospital com novas peças. “É a roupa que o idoso precisa para se embrulhar, vem o cobertor. É o lençol, é aquela bata, é o short. Você vê os pacientes para cima e para baixo vestido naquela roupa alí, você vê que você é importante, que o seu trabalho é necessário ali. Você passar e ver aquelas criancinhas vestidas com aquilo que você produziu, identificado, tudo bonitinho, é muito gratificante”, afirma.
O trabalho da equipe é cheio de ciclos. Num dia, todos os nichos podem estar lotados, já em outro, vazios. O serviço diuturno, dividido em escalas, é necessário para que as peças não faltem, pois são essenciais para a realização de procedimentos realizados pelo hospital.
“Quero dizer para cada uma das minhas colegas que vocês estão de parabéns. Nós estamos de parabéns. É um trabalho gratificante, é cansativo, mas quando a gente percebe a importância do nosso trabalho, isso faz muito valer a pena. O que eu quero dizer para todas as costureiras nesse dia é ‘parabéns para vocês, parabéns para a profissão que vocês escolheram‘”, celebra.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Wellen Cristina Oliveira sob supervisão de Karoline Bezerra