Dia da Corrida: Maratonistas colecionam memórias no esporte que diariamente ganha novos adeptos em Marabá
Hoje, 5 de junho, é o Dia Mundial da Corrida, esporte que proporciona saúde e bem-estar aos seus adeptos, aumenta o leque de amizades e ainda leva os corredores a novos horizontes
Na primeira quarta-feira de junho é comemorado o Dia Mundial da Corrida, um esporte em crescimento, sobretudo em Marabá, que se destaca não apenas pela paixão de seus moradores, mas também pelos investimentos crescentes e pelo aumento significativo no número de corridas realizadas no município e de adeptos a essa prática desportiva.
Nos últimos anos, Marabá testemunha um aumento notável na popularidade desse esporte, em grande parte impulsionado pelo apoio da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel), dos diversos grupos de corrida que existem na cidade e pelo entusiasmo da comunidade local.
A cientista social e publicitária Cláudia Corrêa Nascimento possui uma jornada de 15 anos no mundo da corrida, refletindo o espírito vibrante e dedicado dos corredores marabaenses.
Graduada pela Universidade Federal do Pará, em Marabá, Cláudia sempre foi apaixonada por atividades físicas desde sua infância, quando praticava esportes como vôlei, queimada e handball. Sua transição para a corrida começou por volta de 2010, quando ela se viu atraída pelo desafio e pela amizade que o esporte oferece.
“Sinto que a corrida se tornou minha terapia, minha diversão e uma parte vital da minha vida”, compartilha. “É uma oportunidade não apenas para cuidar da saúde física, mas também para liberar o estresse e encontrar amigos. A corrida se tornou uma parte essencial do meu dia a dia.”
Ela relembra sua primeira corrida oficial, a Corrida do Aço, em Marabá, em 2011, onde conquistou sua primeira medalha. Na época ela demorou mais de 1h para completar os 7km da corrida. “Hoje faço em 35 minutos”, conta.
Desde então, ela participa de diversas competições, incluindo meias maratonas em várias cidades do Brasil e até mesmo sua primeira maratona em Santiago do Chile, em 2022, onde completou os 42 quilômetros de prova em 4h04min. “A maratona não é difícil. O difícil é treinar para ela. São 90 dias puxados, que você treina muito, não tem fim de semana. Mas chegando lá preparado, a maratona se torna fácil”, comenta.
Com uma meta ambiciosa de completar uma maratona por ano, Cláudia destaca a importância do compromisso e da dedicação ao treinamento para alcançar seus objetivos.
“A evolução na corrida vem com o treino e a disciplina”, enfatiza.
“É preciso cuidar do corpo e da mente, incluindo fortalecimento muscular. Para mim, a corrida é mais do que uma simples atividade física, tem sido uma jornada de autodescoberta e superação.”
Claudia é apenas um exemplo entre muitos que encontraram nesta modalidade desportiva uma fonte de bem-estar em Marabá.
O engenheiro civil, Saulo Almeida, também destaca a crescente popularidade do esporte na cidade, especialmente através de grupos como o do Professor Fabiano Gomes, que oferecem suporte e orientação aos corredores.
Saulo começou a correr em 2020, convidado por amigos para juntar-se a um grupo de corrida local. Apesar de já ter praticado outras atividades físicas, como musculação e crossfit, Saulo encontrou na corrida uma nova forma de desafiar-se e conectar-se com a comunidade.
“Ano passado, tive o privilégio de participar de minha primeira maratona, a Maratona Monumental de Brasília. Para mim, a corrida representa um estilo de vida, é um divisor de águas. É uma oportunidade de sair da zona de conforto, desafiar-se e cultivar amizades. A sensação de correr pelas ruas de Marabá, compartilhando experiências com amigos, é verdadeiramente gratificante.”
Saulo destaca a importância do apoio mútuo na comunidade de corrida, especialmente através de grupos como o do Professor Fabiano Gomes, onde os corredores encontram suporte, orientação e camaradagem para alcançar seus objetivos. Ele destaca também, além do apoio dos grupos de corrida locais, os investimentos em infraestrutura e eventos para promover a prática do esporte. São diversas pistas de corridas construídas em todos os núcleos da cidade nos últimos anos.
“O crescimento da corrida em Marabá é notável”, observa Saulo. “É inspirador ver pessoas de todas as idades e origens se unindo em busca de saúde e qualidade de vida. A corrida não apenas fortalece o corpo, mas também cria laços significativos dentro da comunidade”, conclui.
Histórias como as de Cláudia e Saulo destacam o poder transformador do esporte, que vai além das pistas e estende-se para a vida cotidiana, inspirando saúde, amizade e superação.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Jordão Nunes