Esporte: Águia luta, fica no empate e decidirá vaga na final, em Belém
Sob os holofotes do Estádio Zinho Oliveira, Águia de Marabá e Paysandu fizeram uma partida muito acirrada na noite de quarta-feira, 27, em jogo válido pela primeira partida das semifinais do Campeonato Paraense. O empate em 1 a 1 deixa viva a esperança do time marabaense de retornar a uma final do estadual e defender o título de atual campeão.
Os torcedores apaixonados do azulão mais uma vez lotaram as arquibancadas, transformando o estádio em um caldeirão de emoções conforme o andamento da partida e mostrando que o crescimento do time, que além de defender o título paraense, é o único representante paraense na Copa do Brasil e chega até terceira fase pelo segundo ano seguido, tem conquistado torcedores até de outras cidades.
O jogo
No campo, a disputa foi acirrada desde o apito inicial. O primeiro tempo foi um jogo tenso, compor marcações fortes e poucas oportunidades claras de gol. Paysandu e Águia apresentaram um futebol de mesmo nível, resilientes na defesa e frustrando as investidas adversárias.
No segundo tempo, a intensidade do jogo aumentou, principalmente após o Paysandu abrir o placar com um gol de Biel aos 14 minutos. Porém, a resposta do Águia veio três minutos depois, com Iury Tanque, marcando de cabeça, igualando o marcador e incendiando a torcida.
O Águia ainda chegou a marcar um segundo gol com Braga, aos 30 minutos, o atacante ficou cara a cara e chutou na saída do goleiro Matheus Nogueira. Mas o gol foi anulado por impedimento. Apesar das tentativas de ambas as equipes, o placar permaneceu inalterado até o apito final, deixando tudo em aberto para o confronto decisivo em Belém.
Após a partida, o zagueiro e capitão do Águia, Betão, expressou confiança na capacidade de sua equipe para o jogo de volta, destacando a determinação e o espírito de luta demonstrados ao longo do embate.
“Quando se joga diante do torcedor, sempre se gera um incentivo a mais, porém o Águia é uma grande equipe. Demonstramos isso na reação que tivemos na competição. Estávamos no fundo do poço e, com um grande trabalho, chegamos à semifinal. Estamos enfrentando uma grande equipe, mas vejo que está tudo em aberto. Vamos buscar fazer um grande jogo em Belém. Temos jogadores aqui acostumados com jogos grandes, então vamos para duelar e conseguir a nossa classificação”, concluiu.
O técnico Mathaus Sodré também enalteceu o desempenho dos comandados, ressaltando a força e a garra da equipe em busca da vaga na grande final. “Não será fácil, mas mostramos força. Reagimos após tomar um gol. Sabemos a qualidade do adversário. Mas a equipe mostrou que podemos continuar sonhando com essa vaga na final”, comentou.
A torcida
Josafá Freitas, de 54 anos, nasceu em Goiás, mas hoje se considera um “marabaense fervoroso” com uma jornada de amor pelo Águia. “Já tenho uns 10 anos que acompanho o Águia. Sou marabaense. Graças a Deus. Eu nasci em Goiás, mas vivo aqui há uns 30 anos e me considero de Marabá. Viver esse momento do Águia de Marabá é um momento lindo. Um momento bacana, um momento divertido que foi muito aguardado por nós torcedores. Um jogo como esse movimenta a cidade toda. Celebra o esporte”, destaca.
Ele garante que o empate não o desanimou e manterá a torcida para o jogo de volta, que será realizado no estádio do Paysandu, na Curuzu, em Belém. “O jogo hoje, ele foi um jogo muito disputado. O Paysandu é uma grande equipe, mas o Águia também. Então, a gente tá torcendo daqui de Marabá para que a vitória seja nossa”, expressou.
Já Aline Hellen, 29 anos, nasceu em Bom Jesus das Selvas, no Maranhão, começou a acompanhar o time há pouco tempo. Mas conta que está adorando viver a emoção de assistir aos jogos no Zinho Oliveira.
“Tenho dois anos e meio que moro em Marabá. Comecei a acompanhar o time com o meu esposo, que é super fã. Hoje, eu não vim com ele porque ele comprou o ingresso primeiro e está na área coberta. Mas não deixei de vir acompanhar aqui na descoberta com uma amiga. Eu acompanho futebol, mas venho mesmo pela folia e pela festa do torcedor e, hoje, foi maravilhoso, perfeito. Tudo bem montado. Torcida animada, foi uma grande festa e esperar que chegue na final”, compartilhou.
Da mesma forma, Mokuka Xikrin, 37 anos, trouxe a voz das raízes regionais ao estádio. “A gente veio de Parauapebas com um grupo de quatro amigos. Viemos só para torcer para o Águia. Chegamos na cidade na hora do jogo. É uma alegria poder acompanhar o Águia e ver esses grandes jogos na cidade de Marabá. O Águia representa toda uma região. Quando chegar na final, viremos assistir de novo”, afirmou.
Próximo jogo
Com o empate na primeira partida, a expectativa agora se volta para o confronto decisivo, que acontecerá no Estádio da Curuzu, em Belém, no próximo sábado (30), em disputa marcada para às 17 horas. A outa semifinal é entre Tuna Luso e Remo, com o primeiro jogo sendo realizado nesta quinta-feira (28), em Belém, às 20 horas.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Kaiti Topramre Jéssika Ribeiro