Cultura, música e culinária foram os ingredientes que embalaram o 14º Festival do Cari na Vila Espírito Santo, que teve grande participação popular às margens do Rio Tocantins no dia 1º de setembro. A programação contou com os restaurantes locais servindo pratos com Cari, Tucunaré e Tambaqui e apresentações musicais.

O festival possui apoio da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), que atua também na vila por meio do Projeto Sarã, de conscientização ambiental. Neste ano, a FCCM proporcionou uma parceria com o SENAI para capacitar donos de bares e restaurantes para um melhor atendimento aos clientes e turistas. Além disso, as embarcações são personalizadas com camisetas e equipadas com coletes salva-vidas.

Wania Gomes, presidente da FCCM

“Para a fundação, é uma honra dar esse apoio. Um apoio que mudou muito a cara do festival, valorizando a riqueza natural, a nossa culinária, estimulando. O Festival do Cari só vem se fortalecendo a cada ano. A gente não pode esquecer que estamos à beira do rio, do majestoso Tocantins, uma das vistas, para muitos, a mais bonita. Isso faz com que a gente fomente mais ainda o turismo e a nossa cultura, uma forma de valorizar ainda mais. Tudo isso é um trabalho que valoriza e atrai muito mais o turista”, ressalta Wania Gomes, presidente da FCCM.

O festival é feito de muitas histórias e uma delas é a de Francisca Moura, que mora há 25 anos na Vila Espírito Santo e é uma das fundadoras do evento. Ela compartilha que a ideia surgiu quando se reuniam para comer Cari na casa de Dona Leoniza, já falecida. Com o tempo, Francisca foi testando diversas receitas com o peixe e a ideia deu certo.

Francisca Moura, uma das fundadoras do festival

“O festival cresceu muito e é muito importante. Nós não tínhamos apoio de ninguém. Aí, chegou a Casa da Cultura e fez a diferença, chegou, embarcou, vestiu a camisa e nós estamos aqui. A Casa da Cultura tem feito um trabalho excelente”, afirma.

Quem participou do festival pela primeira vez foi a gerente de seguros Ana Paula Lira. Ela não sabia sobre a programação até semana passada e resolveu fazer reserva no restaurante para levar amigos e namorado. Ana Paula conta um pouco de suas percepções sobre a organização do festival.

Gerente de seguros Ana Paula Lira

“O festival está maravilhoso. Eu estou achando incrível a questão da produção, o palco, a organização dos restaurantes com relação ao atendimento, a quantidade de pessoas que eles contrataram para fazer o atendimento para não deixar a desejar realmente. Para mim, está sendo maravilhoso. Trouxe alguns amigos, namorado. Quando a administração local realmente se preocupa com a cultura da região, acaba fazendo com que valorize ainda mais esse sentimento de pertencimento local. Então, com certeza tudo o que foi feito aqui, todo o investimento, os pensamentos em pequenos detalhes daqui foram perfeitos para que a gente realmente valorize a cultura local”, avalia.

Tayana Duarte, por outro lado, frequenta o Festival do Cari há muitos anos, acompanhando o esposo, que é músico e professor da FCCM.

Tayana Duarte, frequentadora do Festival do Cari há anos

“É uma maravilha esse evento de todos os anos beneficiar os moradores daqui, motivar as vendas na região, no local e é uma forma de diversão para a população. É uma vez no ano e não é só para a população que mora aqui, é para todas as pessoas de todas as regiões, para aproveitar, um dia de lazer com a família e ajudar as pessoas com a renda, que é muito necessária”, comenta.

O festival contou com a participação da Secretaria Municipal de Saúde de Marabá (SMS), que disponibilizou ambulância, realização de testes rápidos de HIV, Hepatites B e C e Sífilis, medição de glicemia e aferição de pressão arterial.

Também estiveram presentes a Polícia Militar, o Departamento de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU) e o Corpo de Bombeiros.

As atrações musicais foram a Banda Pé de Moleque, tocando forró, brega, MPB  e Rock, Nenzinha do Calypso e Ruanna Ly.

Texto: Ronaldo Palheta 
Fotos: Paulo Sérgio Santos