FCCM: Exposição inédita no Museu Francisco Coelho com base na inclusão encerra a programação da 18ª Primavera dos Museus
Dentro da programação da 18ª Primavera dos Museus, foi inaugurada no sábado, 28 de setembro, uma exposição inédita no Museu de Marabá, focada em acessibilidade, inclusão e diversidade. A mostra reúne materiais dos acervos da APAE, NAETEA (Núcleo de Atendimento Educacional Especializado) e NAIA (Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Acadêmica da Unifesspa), instituições com relevante atuação na inclusão de pessoas com deficiência.
Segundo Wellington Mota, diretor do museu, a exposição marca o encerramento da Primavera dos Museus e simboliza o fortalecimento das parcerias entre o museu e essas instituições.
“Durante toda a semana, tivemos atividades voltadas para as crianças do NAETEA e da APAE, além de uma roda de conversa. Hoje, culminamos com a entrega dessa exposição colaborativa. Essas parcerias são importantes porque continuarão além desta primavera, com a realização de programas formativos e atividades em conjunto”, explica.
A exposição, que ficará aberta ao público por 30 dias, ocupa o andar superior do museu e traz materiais pedagógicos voltados à acessibilidade, desenvolvidos pelas instituições parceiras.
O diretor complementa que o museu possui estrutura com rampas de acesso, banheiros adaptados e placas em braile, mas o objetivo é expandir ainda mais essa acessibilidade. Com o NAIA, por exemplo, serão incluídas descrições em braile mais detalhadas, e o NAETEA realizará capacitações para a equipe do museu sobre como receber crianças atípicas e suas famílias.
A professora Fábia Araújo, mãe de Ilídio, um jovem de 19 anos com deficiência auditiva, participou da inauguração e destaca a importância da acessibilidade no museu.
“O surdo é visual, ele escuta o mundo com os olhos. Quando pensamos em acessibilidade visual, ele se sente incluído. A presença de um intérprete também faz toda a diferença”, explica.
A exposição temporária reforça o compromisso do Museu de Marabá com a inclusão, sendo a primeira de caráter colaborativo com foco no tema da acessibilidade. Além disso, abre portas para a criação de novas formas de interação entre o público e o acervo museológico, promovendo um espaço cada vez mais acolhedor e inclusivo para todos.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Paulo Sérgio