FCCM: Seguindo protocolo de segurança, Museu Municipal já recebeu mais de 6 mil visitas
Aos 80 anos de vida, Seu José Mendes fez sua primeira visita ao Museu Municipal Francisco Coelho, um momento marcado por muita emoção provocada pelas lembranças vivenciadas com as mostras do acervo. Não foi a modernidade e a tecnologia presentes no museu que o impressionaram, foram as imagens e objetos antigos, que fazem parte da história do marabaense. Seu José, inclusive, se deparou com uma pomba de madeira confeccionada por ele e exposta na sala que homenageia a festa cultural do Divino Espírito Santo.
“Relembro muita coisa. Por onde passei, tô vendo agora. É muito importante porque nossos filhos, netos que não conheceram, o que a gente conheceu, vai saber a história. Eu gostei de tudo, um museu é muito bom. Eu vi o motor que aprendi a trabalhar, motor que viajei para Belém. Muitas lembranças ficam marcadas”, ressalta o servidor público aposentado.
Aberto há aproximadamente seis meses, o Museu Francisco Coelho recebeu mais de 6.254 mil visitantes. É um ponto de parada para turistas e moradores que desejam conhecer um pouco mais do município ou, ainda, no caso dos moradores mais antigos, como seu José Mendes, relembrar a história.
“A importância maior é realmente as pessoas se identificarem com o museu, somos uma cidade com idade pouca, 107 anos, mas com muita história. O museu tá aqui mostrando ambiente por ambiente toda a cultura, a história. E o que mais impressiona é quando as pessoas saem daqui dizendo: ‘eu sou mais marabaense agora’”, comenta o Welington Mota, do Departamento de Comunicação do Museu Municipal.
A história contada pelo museu perpassa desde o prédio, o qual está instalado. O Palacete Augusto Dias foi tombado na década de 1990 e tem 81 anos de existência. A revitalização manteve as características originais do prédio, como o piso, janelas, escada, dentre outros ambientes, unindo passado e presente, permitindo a interação dos visitantes com a história local nos seus aspectos políticos, culturais, econômicos e ambientais.
Os espaços do museu estão divididos em história, ciclos econômicos, mineração, etnologia, arqueologia, espeleologia, geologia, botânica, lendas regionais, auditório, sala de exposições temporárias, lojinha e café do seu Chico. “Todo material veio da Casa da Cultura. De fósseis ou materiais doados pelo marabaense,” complementa Welington Mota.
As visitas podem ser feitas de terça à sexta-feira, das 09 às 17 horas, e aos finais de semana das 09 às 13 horas. São permitidas no máximo 10 pessoas em cada grupo e as visitas são guiadas por estudantes de história. Vale ressaltar que durante a pandemia, o museu segue os protocolos de segurança, sendo obrigatório o uso de máscara e higienização das mãos.
O museu também trabalha com visitas agendadas para estudantes. Mais informações, você encontra nos canais digitais interativos, Instagram, Facebook ou Twitter
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Aline Nascimento