Saúde: Especialidade cada vez mais indispensável, infectologista atua na prevenção e diagnóstico de várias patologias
Nesta quinta-feira, 11 de abril, é celebrado o Dia do Infectologista. Essa especialidade médica atua na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças o fecciosas, bem como na vigilância epidemiológica de algumas patologias, como dengue, febre amarela, hepatites, gripes, covid-19 , infecções sexualmente transmissíveis (IST’s), por exemplo, HIV, Aids, Herpes, entre outras.
Em Marabá, um dos profissionais que trabalha nessa área é o médico infectologista Harbi Othman. Ele revela que desde o início da faculdade de medicina já tinha interesse pela especialidade. Gaúcho, ele passou parte da adolescência em Marabá e quando concluiu a especialização decidiu voltar para atuar na cidade.
“Imediatamente quando terminei a especialização, eu já retornei para Marabá, que era meu plano desde o início. Vim para onde eu fiz o meu cursinho ainda antes da faculdade para poder dar esse retorno para a comunidade, pois aqui ainda é uma região carente desses profissionais”, comenta.
Ele trabalha há três anos pelo município, atuando no Serviço de Atendimento Especializado/Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) e no Hospital Municipal de Marabá (HMM).
Harbi conta que, atualmente, o país tem passado por um grande número de casos de síndromes virais sazonais. “Agora, provavelmente, todo mundo conhece alguém que está com alguma queixa gripal, por exemplo. Então, gripes, resfriados, a própria COVID querendo ou não ainda circula nesse momento são os casos mais comuns de infecções no município atualmente”, declara.
O profissional destaca a importância de procurar o cuidado adequado de acordo com os sintomas. “A gente falou na época do pico da pandemia da covid, são queixas, às vezes, tosse, nariz escorrendo, aquela dor de cabeça. Mas é importante procurar o atendimento de emergência, só se você tiver falta de ar mesmo, dificuldade para respirar, esses outros sintomas mais brandos, você pode procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para não congestionar o serviço público”, destaca.
Como prevenção, ele destaca a vacina e outras medidas importantes. “Você está com um quadro viral, usar máscara pelo menos para proteger quem está ao redor, porque a transmissão é por via aérea. Lembrando que a gente tem vacina da COVID, a gente tem vacina da gripe, toda rede básica de saúde, atenção básica, está preparada para receber o paciente para fazer a vacinação, atualizar o calendário, então, além da COVID, a gripe pelo vírus influenza, também pode se tornar uma doença grave em determinados casos e a vacina é mais disponível pelo SUS, então é importante estar com essa vacina em dia que vai ajudar muito na proteção”, acrescenta.
No CTA, ele ressalta que a maior parte dos atendimentos são casos de HIV e hepatites virais. “Todas essas infecções sexualmente transmissíveis e outras, como por exemplo, clamídia, herpes, sífilis, todo esse atendimento é feito aqui também no CTA. Lembrando que toda rede básica está pronta para fazer o atendimento nas unidades também. Eventualmente, casos mais complexos são referenciados para o infectologista”, destaca.
Sobre a data
No Brasil, no final do século 19, com o aparecimento de algumas epidemias é que a especialidade de infectologista ganhou notoriedade. A importância do profissional ganhou mais destaque com o avanço das IST’s, a pandemia da Covid-19 e a consequente evolução de outras síndromes virais respiratórias. Vale pontuar que as doenças infecciosas estão entre as principais causas de superlotação de hospitais e emergências.
A data que celebra o profissional foi foi instituída em 2005 pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). O dia foi escolhido por se tratar do nascimento de Emílio Ribas, um dos pioneiros da área no país, e conseguiu provar que a transmissão da febre amarela era provocada pelo mosquito Aedes aegypti e não por contágio entre pessoas, como acreditava-se na época.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Paulo Sérgio