Seaspac: Jornal do Cipiar relembra memórias e promove interação entre acolhidos
Nesta segunda-feira, 18, o Centro Integrado da Pessoa Idosa Antônio Rodrigues (Cipiar) apresentou a 7ª edição do Notícias Cipiar, publicação impressa que se tornou um portal de memórias entre os acolhidos do centro. A ideia reúne os principais acontecimentos internos e externos envolvendo os 22 acolhidos e a equipe de funcionários, bem como algumas notícias gerais ou relacionadas aos idosos.
De acordo com a psicóloga do Cipiar, Ivana Lacerda, a ideia partiu de duas estagiárias do curso de psicologia, tendo em vista o período eleitoral, quando não se podia fazer publicações que não fossem de utilidade pública no site e redes sociais da Prefeitura.
“Como as publicações ficaram suspensas e na busca de podermos divulgar algo mais próximo a eles, a gente idealizou esse projeto que está dando muito certo. É um jornal como os outros, onde há a informação, fotografias, etc. A gente buscou fazer algo pra eles reviverem o que já foi feito, pois muitos deles não lembram de tudo, por isso, a cada edição a gente os relembra e os mantém informados”, destaca a psicóloga.
As edições são quinzenais e impressas em dois tamanhos, A4 e A2, este último para exposição aos acolhidos durante os 15 dias. A primeira edição contava com sete informativos, enquanto a última já soma mais de 15, além de uma seção especial sobre o Cipiar. A psicóloga reitera que, por muitos não saberem ler, as notícias sempre são ilustradas.
“A cada edição que sai, a gente pega, reúne eles e faz a leitura de todo o jornal, interagindo com eles e eles com a gente”, conta.
Interação esta que só demonstra quem são os protagonistas dessa ideia, os acolhidos, como afirma a assistente social do espaço, Ariana Lima.
“Essa iniciativa é importante porque valoriza os melhores momentos promovidos aos nossos acolhidos e os faz mais participativos, sempre trazendo o protagonismo a eles, pois estes se enxergam dentro desse jornal, eles olham e se sentem importantes. Isso é fundamental para eles se sentirem mais acolhidos dentro de uma instituição de longa permanência”, frisa.
O jornal, segundo a coordenadora do espaço, Adriana Ferreira, veio para ser a cereja do bolo do segundo semestre.
“Eles se sentem pertencentes à comunidade, quando se veem dentro dele. Isso até os deixa ansiosos para a próxima edição. É algo bem legal de se trabalhar com eles”, reconhece.
Texto: Sávio Calvo
Fotos: Luís Fernando (sob supervisão de Sávio Calvo)