Como parte da programação do Maraverão 2025, o tradicional Sarau da Lua Cheia chegou a 147ª edição, que aconteceu neste domingo (13), na Praia do Tucunaré, atraindo um público variado, incluindo moradores, banhistas e vários artistas da região. A noite foi cheia de música, poesias, histórias e encontros, celebrando esse evento que, há mais de 12 anos, encanta a cidade de Marabá. O Sarau da Lua Cheia é uma realização da Associação dos Escritores do Sul e do Sudeste do Pará (AESSP) com apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

O Sarau da Lua Cheia é um espaço de troca, música e literatura, oferecendo ao público a oportunidade que todos possam se expressar, como declara o escritor e diretor de cultura da Secult, Airton Souza. “Aqui não é só com participação de escritores, mas quem gosta de livro, de música, de poesia. O sarau representa esse ponto de culminância do que a arte significa para a gente”, destaca ele, que é um dos fundadores da AEESP.

Para a advogada, conselheira municipal de cultura e presidente da AESSP, Cláudia Chini, “é um privilégio poder completar quase 13 anos e, durante o mês de julho, fazer essa parceria com a Secretaria de Cultura, inserindo o sarau no calendário do Maraverão. Espero que a gente consiga fortalecer mais e mais o nosso encontro. É resistência, é persistência, é uma cultura viva que existe na nossa cidade”.

O cantor Querém, natural de Palmas (TO) e atualmente em visita a Marabá, participou do Sarau da Lua Cheia e fez uma apresentação de voz e violão. “Com eventos como esse, a gente cria um intercâmbio cultural. Temos que nos misturar mesmo, né?! Todas as raças, todas as etnias precisam estar juntas para engrossar esse caldo da nossa cultura”, destacou.

Acompanhando o sarau desde o início, o escritor Adão Almeida ressaltou a importância de valorizar e difundir a arte produzida em Marabá. “Quando a gente participa de um momento como o sarau, a gente está mostrando a alma. A própria literatura da gente. Então é importante para nós, que somos artistas, principalmente os artistas aqui da terra”, afirmou.

Quem participou do encontro, pôde sentir como o sarau colabora na fomentação da cultura local. É o caso do professor de biologia Jonathans Sichineli, que participou pela primeira vez do Sarau e declamou um texto voltado às mudanças climáticas.

“É muito importante a gente valorizar essa cultura, esse berço cultural de Marabá e que para mim, é sempre uma honra poder falar sobre meio ambiente, por ser um biólogo e um professor que está inserido dentro da periferia marabaense. Trazer esse nosso registro cultural, para diversas pessoas, é sempre muito especial”, completou.

O Sarau da Lua Cheia é promovido todos os meses, especificamente em semanas de lua cheia, em diversos pontos de cultura em Marabá, como escolas e praças. Durante o mês de julho, sempre tem o apoio da Secretaria de Cultura (Secult) para que o evento seja realizado na Praia do Tucunaré. Segundo a AEESP, a expectativa para os próximos anos é que a programação seja efetivada no calendário do Maraverão.

Texto: Kauã Fhillipe
Imagens: Sara Lopes