Mês da Mulher: “Tenho orgulho de vestir nossa farda”, diz agente patrimonial
Aos 36 anos, a agente patrimonial Alessandra Santos da Silva está no cargo desde 2016. Atualmente compõe o quadro de fiscalização do órgão, que representa o apoio dos demais agentes patrimoniais, focado em ronda. Muito centrada em sua fala e com semblante repleto de seriedade, Alessandra não difere da escala dos colegas do sexo masculino, trabalha com turno de 24 por 72 horas, além de participação de eventos, principalmente mantendo a ordem de prevenção de sinistros.
Alessandra é mãe da Rayssa, de 13; e Maria Luiza, de 5 anos, e formada em Serviço Social. Antes de ser agente patrimonial ela trabalhava em uma farmácia, uma rotina totalmente diferente. “O meu dia a dia é assim, depois que a gente coloca o uniforme, independente de ser homem ou mulher, a nossa função é a mesma. Somos capacitadas para exercer o mesmo cargo com a mesma competência. Como mulher, me sinto honrada em fazer parte desse órgão e à frente de operações, como foi na Operação Carnaval”, enaltece ela.
Quanto à formação na área de Serviço Social ela disse que acrescenta muito para compreender o ser humano, pois o agente de segurança pública precisa entender a sociedade em si para atuar com competência e respeito. “Sou respeitada no cargo que exerço, em momento algum me sinto desrespeitada, pelo contrário me sinto capacitada”, expressou ela.
A agente patrimonial é filha de Marabá nascida e criada no município. Em relação aos desafios da profissão, a exemplo de ficar de pé por muito tempo, pelo hábito, ela tira de letra. “A rotina faz com que o trabalho não seja tão sofrido, eu particularmente não sinto tantas dores, a parte sofrível, apesar da idade que pesa com o tempo. Não há problema nenhum”, destacou ela.
O agente de segurança patrimonial trabalha na segurança de órgãos públicos e atua em todos os órgãos do município, desde a Assistência Social, Saúde Básica à Alta Complexidade, resguardando tanto os prédios públicos, como evitando princípios de tumulto, e intervenção se necessário. Atualmente os agentes patrimoniais passam constantemente por capitação, incluindo questões de defesa pessoal, gerenciamento de tumultos, algemação e manuseio de tonfa (basta fino e comprido).
Em suma, ela se sente feliz em sua profissão, além de realizada. “Me sinto muito grata por estar aqui. Eu só tenho a agradecer, me sinto bem recebida por onde ando, tenho orgulho de vestir nossa farda”, encerrou ela com um sorriso e brilho no olhar.
Texto: Emily Coelho
Fotos: Paulo Sérgio