Os murais de Marabá estão ganhando ilustrações que remetem o cotidiano e a natureza da região com artistas visuais da cidade. Desta vez, Jefferson Bosco é o responsável pela pintura do mural em um dos túneis entre as Folhas 32 e 33. A iniciativa é da Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas (Sevop), que revitalizou a Orla na Marabá Pioneira e que irá ampliar o projeto para outros pontos da cidade.

O ambiente amazônico e as vivências são características marcantes e constantes nos murais executados pelos artistas convidados. Entre eles estão também Jonas Barros, Rildo Brasil, Josean Martins e outros.

Como filho de Marabá, para Jefferson é importante deixar o trabalho registrado pela cidade. A inspiração para criar os murais vem de características marcantes de Marabá, como o pôr do sol da cidade.

“Eu diria que é único o nosso pôr do sol. Então,  estou fazendo esse trabalho, que seria a orla, o Tucunaré que também representa a praia e os barqueiros. Do outro lado, já quis trazer algo mais regional, mais indígena. Estou representando o rostinho de uma indígena. No espaço maior, vou fazer algumas frutas típicas da nossa cidade, para valorizar e também faze rumo detalhe legal com grafismo, que seria dos indígenas também”, explana Jefferson.

Um dos desafios de retratar o pôr do sol são as tonalidades, que vão do amarelo para o laranja, passando por marrom, bege e cinza. São cerca de 25 cores utilizadas na pintura do mural.

“Além de embelezar o local, eu gostaria de não só deixar uma pintura, mas sim um mural para as pessoas poderem tirar fotos, ter um lugar, um ambiente a mais na cidade e a mensagem que eu queria deixar é o quanto nossa orla é linda, nossa Marabá é bonita, rica em cultura. Essa é a mensagem”, ressalta o artista.

Jefferson atua com arte desde os 10 anos de idade. Murais, desenhos, painéis, quadros, telas, escultura, tatuagem, grafite e aerografia são atividades artísticas que desempenhou ao longo da trajetória.

“Marabá está aderindo a essa visão dos painéis, dos murais. Isso embelezar demais a cidade, vira um cartão-postal de certa forma. Enfim, só tem a agregar. Isso é muito bom. Eu fico feliz demais, agradeço a oportunidade. Agradeço primeiramente a Deus por ter me abençoado com esse dom e eu poder expressar as minhas palavras em obras, em arte”, conclui.

Saiba mais
Pinturas com temas amazônicos e do cotidiano marabaense dão o colorido aos viadutos de Marabá

Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Sara Lopes