SMS: Quinzenalmente, mutirão de consultas pediátricas é realizado em Unidades Básicas de Saúde
A dona de casa Rosana Silva levou a filha, Lia Valentina, dois anos, para uma consulta pediátrica na Unidade Básica de Saúde (UBS) Jaime Pinto, no bairro Belo Horizonte. A consulta faz parte de um mutirão realizado a cada duas semanas em uma UBS do município, a fim de agilizar os atendimentos da especialidade na fila da regulação da Secretaria Municipal de Saúde de Marabá (SMS).
Dona Rosana soube da consulta por meio do agente comunitário de saúde que atua no bairro São Miguel da Conquista, onde mora. A filha estava na fila de espera para consulta com pediatra há dois meses.
“Estou saindo daqui como se eu tivesse saindo do psicólogo e não de uma consulta pediátrica. Estou me descobrindo agora com a minha filha, como uma mãe atípica. Para mim, é emocionante porque eu tenho nove filhos, então, nove diferentes. Aqui, eu estou renascendo de novo para aprender novas coisas junto com ela”, destaca.
A pediatra e professora do curso de medicina da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Cláudia Bueno, explica que o mutirão passou por várias Unidades Básicas de Saúde como Hiroshi Matsuda, na Folha 11, e Mariana Moraes, no KM 7, e em cada ação entre 30 e 40 crianças são atendidas.
“A importância é muito grande porque o acesso ao pediatra é pequeno. Nós temos pediatra, que atende Unidade Básica mesmo, na Prefeitura, só eu e doutora Maria Angélica. Então, a fila é muito grande mesmo. Nós atendemos lá no CEI e nas outras temos médicos de família, mas não temos o especialista pediatra fazendo esse tipo de atendimento. Então, é muito importante porque a gente consegue dar uma rapidez maior”, declara.
Além da pediatra, a equipe que realiza os atendimentos é composta por estudantes de medicina. Após a consulta, caso haja necessidade de atendimento em outra especialidade, é feito o encaminhamento.
A pequena Lia Valentina recebeu encaminhamento para terapeuta ocupacional, psicólogo e neurologista. “Eu creio que vai dar tudo certo. É o começo. Eu disse sempre para a minha mãe, se for, ela vai ser minha filha do mesmo jeito que os outros oito”, reitera Rosana Silva.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Wellen Cristina Oliveira