O Núcleo de Atendimento Especializado a Alunos com Transtorno do Espectro Autista (Naetea), que por meio da Secretaria de Educação (Semed) promove inclusão e desenvolvimento aos usuários, acaba de ganhar uma expansão das atividades realizadas no núcleo, com a criação de dois novos espaços que já fazem a diferença na vida das 140 crianças atendidas no Naetea. Trata-se da entrega de uma sala de integração sensorial e uma mini quadra poliesportiva.

Na nova sala, brinquedos, cores e texturas despertam curiosidade e estimulam os sentidos. A coordenadora do núcleo, Núcia Rodrigues, explica que o ambiente foi projetado para trabalhar audição, tato, olfato e visão de forma integrada, sob a orientação do terapeuta ocupacional.

“Aqui desenvolvemos competências que ajudam no aprendizado e no convívio social. É um passo importante na reestruturação do Naetea e no compromisso da gestão com uma educação inclusiva e de qualidade”, afirma.

Nova quadra

A construção da mini quadra poliesportiva, antes um sonho, abre novas possibilidades para atividades físicas e de socialização, como explica o professor de educação física José Antônio César. “A quadra vai dinamizar o nosso trabalho. A psicomotricidade é essencial para desenvolver coordenação motora, praxia global e fina, e até melhorar o comportamento dos alunos em sala de aula”, reitera.

Ele esclarece que adapta as modalidades esportivas sempre respeitando o ritmo de cada criança, trabalhando do mais simples ao mais complexo. “Os resultados surpreendem. Muitas vezes atingimos objetivos que pareciam inalcançáveis”, afirma.

Para Gabriela Oliveira, mãe de Gabriel Júnior, de 7 anos, um dos estudantes que utiliza os novos espaços, as mudanças nos serviços e no atendimento refletem diretamente no dia a dia do filho. “Quando ele começou, não tinha paciência para esperar. Hoje, espera tranquilamente. Melhorou muito. A nova sala é ótima, adequada para a terapia ocupacional e para o desenvolvimento dele”, expressa.

No Naetea, o uso dos espaços é organizado em agenda pela equipe pedagógica e clínica, garantindo que cada aluno tenha o atendimento no tempo certo. Entre estímulos sensoriais, jogos e atividades físicas, o núcleo garante oportunidades e ampliar a autonomia de crianças e adolescentes com espectro autista.

Texto: Osvaldo Henriques
Imagens: Paulo Sérgio