FCCM: Escola Pedro Peres promove recital de flauta doce na 22ª Semana Nacional dos Museus
Uma tarde especial marcou a 22ª Semana Nacional dos Museus, no Museu Francisco Coelho, com o recital de flauta doce, que reuniu 28 alunos. Eles fazem parte do projeto Música em todo o canto, da Fundação Casa da Cultura, na Escola Pedro Peres Fontenelle. O recital teve apresentação de músicas infantis e aconteceu nesta quinta-feira, 16.
“Na verdade, o museu tem essa relação muito próxima com a fundação (Casa da Cultura), muito mais que essa perspectiva institucional de ser um braço da instituição, mas sim de trazer esses grupos, núcleos que já fazem atividade lá na fundação, em outras extensões dela. Quando a gente fala sobre museus, educação e pesquisa, a musicalização também está nessa perspectiva da educação. Então, estar aqui no museu se torna importante porque é meio que o lugar que tudo isso vai ser abraçado e divulgado mais ainda e também tira eles de um ambiente só e mostra outros lugares, para trazer outras memórias para eles”, ressalta o diretor do museu, Welington Mota.
Um dos alunos do recital foi o Isaías Brito de 14 anos que está no 9º ano. Ele estuda flauta doce desde os 8 anos, passou um tempo sem praticar e retornou às aulas por meio da turma disponibilizada na escola.
“Tenho aprendido muita coisa, desde lidar com problemas difíceis, momentos complicados. A gente aprende a se expressar com a música. A flauta é um instrumento bem legal de se tocar, fácil, que trabalha todas as áreas da música: ritmo, percepção, tempo. Estar aqui é muito gratificante, um momento especial na vida que não se vive várias vezes, só uma vez. A música está presente na vida da gente marcando momentos especiais, acompanha a vida da gente”, afirma.
A mamãe Lara Machado, que acompanhou a filha Laura na apresentação, era só satisfação com o desenvoltura da menina. “Laura é uma criança que gosta de fazer de tudo um pouco. Ela faz jiu-jítsu, fazia balé e se interessou pela música e eu, como mãe, apoio ela em tudo que ela sente vontade e foi assim que começou. Muito orgulho como mãe. Viemos de Morada Nova para cá e eu acompanhando, me sinto muito orgulhosa dela em tudo”, ressalta.
“Significa muito para mim porque é uma música bem fácil, bem legal e desde quando eu comecei a fazer as aulas, eu comecei a gostar muito e acho que eu não vou parar”, complementa Laura.
A turma de flauta doce é conduzida pelo professor Márcio Brito, que também já foi aluno e estagiário da FCCM. Ele ministra aulas pela fundação na Escola Pedro Peres Fontenelle desde 2023.
“A música abre portas. Então, sempre há oportunidade, sempre tem as oportunidades. Da mesma forma que a porta abriu para mim do mundo musical, tenho certeza que para alguns ou até para todos, vai se abrir também”, destaca.
A coordenadora pedagógica da Escola Pedro Peres, Eliudes Sanches, avalia que a parceria com a FCCM tem dado bons resultados, fomentando a descoberta de talentos e incentivando o desenvolvimento dos alunos em diversos âmbitos.
“O projeto chegou em um momento muito bom para nossa escola e as crianças aproveitam muito, além de trabalhar o lado musical deles, em que eles vão aprender a tocar, conhecer as notas. Também auxilia muito no desenvolvimento deles em todas as áreas. Então, eles se desenvolvem na questão da aprendizagem, na questão emocional e social também, porque eles interagem. A escola agradece muito, a comunidade de Morada Nova, nos sentimos gratos por ser contemplados por esse projeto”, pontua.
Para a presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), Wânia Gomes, presenciar o que os alunos aprendem junto ao projeto desenvolvido pela fundação na escola é gratificante.
“É um momento muito importante e emocionante porque estamos vendo o resultado de um trabalho bem consolidado. São alunos de uma extensão da Fundação Casa da Cultura. Esses alunos vêm, criam essa expectativa toda para virem tocar no museu, serem protagonistas. Isso, para eles, é um momento inesquecível, essa formação de criar memórias mesmo e eles se sentirem protagonistas. Isso aí é um momento que melhora a autoestima, a vida escolar. Para a Fundação, é um momento muito importante e a gente vê que está no caminho certo, que a educação realmente é a saída”, observa.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Patrícia Pereira sob supervisão de Ronaldo Palheta