Saúde: Campanha Agosto Verde leva Dia D de combate à Leishmaniose ao bairro Araguaia
Na manhã desta sexta-feira, 23, aconteceu o Dia D da campanha “Agosto Verde” de conscientização sobre a Leishmaniose no bairro Araguaia, núcleo Nova Marabá. A ação foi dividida em dois pontos: um na Avenida das Torres e outro na Escola Municipal José Flávio Alves de Lima. A campanha é executada pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e Departamento de Vigilância Ambiental e Endemias.
Esta campanha é realizada todos os anos no mês de agosto, quando tutores levam os cães para coleta de sangue e realização do teste de Leishmaniose, gratuitamente. O resultado sai entre 10 e 20 dias e é informado diretamente ao tutor.
“Agosto Verde é o mês de conscientização e controle da leishmaniose, uma zoonose que é transmitida do animal para o ser humano. Hoje é o Dia D. É um mês que a gente faz a conscientização para que as pessoas venham entender que essa doença que acomete o ser humano é uma doença silenciosa que a maioria das pessoas quando chega no diagnóstico já está bem avançada”, ressalta Flávio Ferreira da Silva.
A Leishmaniose é uma doença causada por protozoário cuja transmissão se dá pela picada do mosquito-palha e outros insetos conhecidos como flebótomos. Os sintomas da doença, na sua forma visceral, em humanos incluem: febre, dor abdominal, tosse, diarreia, perda de peso, aumento de baço e fígado, entre outros. Na forma cutânea, causa feridas. Nos animais, a leishmaniose causa unhas espessas, emagrecimento, feridas e descamações na pele, entre outros.
É nesse sentido que os Agentes de Combate a Endemias atuam, para orientar a população quanto aos cuidados para evitar ambientes propícios para a proliferação do mosquito que hospeda o protozoário, focando no cuidado com os animais e limpeza de quintais, por exemplo. Foram 40 agentes que atuaram com orientação pelo bairro.
“Os agentes de endemias estão intensificando as ações do Dia D de combate à Leishmaniose. Marabá ultimamente tem apresentado os indicadores mais elevados de pacientes portadores da leishmaniose visceral e tivemos um óbito confirmado. É preocupante a nível de saúde pública. Uma das áreas mais propícias, com indicadores altos do flebótomo e de cães portadores da leishmaniose é aqui o bairro Araguaia. Estamos com os agentes desde segunda-feira visitando domicílios, fazendo trabalho de educação em saúde, distribuindo panfletos para lembrar da importância do cuidado com relação a essa doença silenciosa e perigosa”, pontua Amadeu Moreira, coordenador de Vigilância Ambiental e Endemias.
Quem aproveitou para levar o cachorro para realizar coleta de sangue e o teste de Leishmaniose foi Aline Victoria Santos, que mora no bairro Araguaia. Ela levou o Oliver, de 4 anos, para fazer o teste no ponto da Avenida das Torres.
“Eu soube através da minha mãe e também de carro de som. Eu achei muito bom até porque o nosso bairro é mais distante das coisas e nem todo mundo tem acesso e nem transporte para os cachorros para fazer esse tipo de exame. Então, achei mais acessível para quem não tem condições. Muito bom”, afirma a moradora.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Wellen Oliveira, sob supervisão de Ronaldo Palheta