Saúde da Mulher: Secretaria quer manter 200 mamografias por mês
Durante a audiência pública desta terça-feira, 9, para discutir políticas públicas para as áreas de saúde e segurança para as mulheres, ocorrida na Câmara de Vereadores, o secretário municipal de Saúde, Marcone Leite, explicou que quando assumiu o cargo, em janeiro último, não tinha nenhum mamógrafo funcionando. Os equipamentos estavam parados e havia 1.200 exames sem laudo. Quatro meses depois, diz, já foram todos “laudados”, mas há 700 mamografias no Crismu esperando para as mulheres receberem resultados dos exames.
Marcone explicou também que, desde 10 de março, quando funcionou o mamógrafo do Crismu, ao todo 284 mamografias já foram realizadas e com seus laudos entregues às usuárias. “Vamos manter 200 por mês e ampliar quando o mamógrafo do HMM voltar a funcionar, daqui a um mês, porque faltam alguns materiais. Atendemos toda a região sudeste, mas com eles funcionando vamos avançar na fila de espera”, prevê. Sobre os dilemas do serviço de oncologia, disse que Parauapebas fez o que Marabá está fazendo agora: organizaram a estrutura física para comportar a necessidade que o governo do Estado estabeleceu para implantar o serviço. Mas o Estado também pediu a definição de quem fará a biopsia, e disse que a partir de semana que vem, terá um profissional à disposição da SMS para fazer exames em Marabá. A terceira exigência do Estado é a questão das cirurgias oncológicas. “Queremos que essas cirurgias sejam feitas no Hospital Regional, por causa do suporte de UTI”, salientou. Ele também observou que o Estado quer que seja definido quem vai dar suporte quando houver intercorrências relacionadas à quimioterapia e disse que tanto o Hospital Regional quanto o Municipal podem fazer esse atendimento. “Estamos organizando o plano municipal e vamos levar para reunião de junho do Conselho Municipal de Saúde e depois para a CIR Carajás (Comissão Intermunicipal de Saúde)”, destacou, lembrando que o serviço é caro, de alta complexidade e cada ente da federação precisa assumir seu papel. “O Estado se comprometeu para que o serviço terceirizado seja devidamente habilitado para que a quimioterapia venha a ser realizada em Marabá. Depois disso, vamos discutir radioterapia e outras nuances que o tratamento oncológico requer”. Pagamento de TFD Marcone disse que falou com o prefeito Tião Miranda sobre a demanda atrasada para pagamento de TFD (Tratamento Fora de Domicílio) desde 2014, que não estavam sendo devidamente quitadas. O gestor municipal garantiu que destinará parte do recurso próprio do município para pagar todas as diárias atrasadas do TFD, reconhecendo que as pessoas que adoecem e precisam procurar atendimento especializado, devem viajar com mínimo de segurança. Com isso, a partir da próxima semana, as diárias em atraso serão quitadas. Em relação às cirurgias eletivas, Leite disse que o governo federal implantou recentemente a fila única para que o Ministério da Saúde possa regular que aguarda pelo serviço. Todavia, acredita que não terá condição de funcionar e que o próprio governo do Estado vê dificuldades para resolver esse dilema. “Esse problema é nacional. No estado do Pará ninguém tem feito eletivas, a não ser em situações pontuais”. Por outro lado, revelou que o prefeito Tião Miranda e a secretária adjunta de Saúde do Estado, Heloisa Melo, definiram uma parceria para minimizar a fila de eletivas. O Estado entra com uma parcela e o município com outra, criando um fundo para diminuir o tamanho da fila das cirurgias eletivas. O município vai injetar R$ 500 mil e o governo do Estado mais R$ 500 mil. Esse valor deve ser suficiente para realizar mil cirurgias com maior brevidade possível. Todavia, reconheceu que essas cirurgias não serão feitas no Hospital Municipal, que não tem leitos suficientes para a demanda porque estão quase todos comprometidos com a traumatologia. Então, a saída será restabelecer convênio com o Hospital Santa Terezinha e com o Hgumba (Hospital Militar). O primeiro tem problemas estruturais que precisam ser resolvidos para que a Vigilância Sanitária conceda a licença necessária para atender pacientes do SUS. Marcone informou que a fila de cirurgias eletivas em Marabá tem mais de 9 mil pessoas esperando em casa. Dessas, 2.800 são apenas de laqueadura. Quando as cirurgias começarem a ser feitas, o programa de planejamento familiar será retomado também. “Temos desafios diversos e o planejamento familiar é um deles. Por enquanto, de forma paliativa, a Sespa deve nos ajudar com 300 chips de um método contraceptivo. Isso ajuda, por exemplo, a evitar gravidez na adolescência. Todavia, precisamos restabelecer nosso estoque de DIU’s, outro reforço para evitar gravidez indesejada”, disse. Área de anexos
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