Saúde: Vigilância Sanitária orienta sobre cuidados na compra, venda e armazenamento de pescado e crustáceos
Pelo menos quatro estados brasileiros têm registros de casos da Síndrome de Haff, conhecida como doença da urina preta, já que deixa a urina com coloração escura, provocando dores musculares e insuficiência renal, entre duas a 24 horas após consumir peixes ou crustáceos. Em Marabá, ainda não foi registrado nenhum caso, mas de acordo com Daniel Soares da Silva, coordenador da Divisão da Vigilância Sanitária (DIVISA), é preciso que as pessoas se atentem a origem do peixe na hora da compra.
O coordenador da Divisa conta que pessoas começaram a procurar a Vigilância Sanitária pedindo um pronunciamento e esclarecimentos a respeito da doença, por isso, foi criado um grupo para que pudesse tranquilizar a população. “Fizemos uma nota técnica, para acalmar a população e trazer esclarecimentos a respeito da doença. Não recomendamos a proibição do comércio dos peixes e crustáceos, mas recomendamos cautela, para que a população possa verificar a procedência antes de consumir”, reitera.
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Caroline de Aquino Soares, tecnóloga de alimentos da Vigilância Sanitária, diz que existe uma grande preocupação em relação ao consumo de pescado, pelos casos da doença da urina preta, que é causada por uma toxina que pode ser encontrada em peixes como o tambaqui, o badejo, a arabaiana ou em crustáceos, como a lagosta, o lagostim e o camarão.
“Não há nenhum registro de caso da doença que tenha como origem os peixes de cultivo (ou cativeiro) e com toda a segurança, por isso estamos recomendando que as pessoas antes de comprar, busquem saber a procedência e origem dos pescados que estão comprando. Podemos consumir, mas é importante termos o controle higiênico ao comprar”, explicou.
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Orlando Róger Lobo, médico veterinário da Vigilância Sanitária, disse que os sintomas costumam aparecer entre duas e 24 horas após o consumo dos peixes ou crustáceos e alerta que até o momento, os cientistas não identificaram qual é a toxina por trás da enfermidade. “Para prevenir a doença, a recomendação é não ingerir alimentos com origem, transporte e também armazenamento desconhecidos”, ressalta.
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Nota técnica emitida pela vigilância sanitária
Texto: Jéssica Brandão
Fotos: Paulo Sérgio