Uma manhã de informação, cuidado e acolhimento marcou a ação realizada no CRAS da Folha 13, que reuniu cerca de 60 mulheres em atividades voltadas para a conscientização e o enfrentamento à violência de gênero. A iniciativa promovida em parceria com o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) integra a campanha Agosto Lilás, movimento nacional de combate à violência contra a mulher.

Informação e prevenção

De acordo com a coordenadora do CRAS, Cinthia Hoana, o objetivo foi proporcionar um espaço de diálogo e aprendizado.

“Hoje nós estamos trazendo informação por meio de palestras e também oferecendo momentos de autocuidado, como a participação da equipe da Mary Kay, que está cuidando das mulheres. Muitas vezes, elas sofrem algum tipo de violência dentro de casa, no trabalho ou na rua, e não conseguem identificar. Esse dia é para orientar, prevenir e levar conhecimento, porque só assim conseguimos minimizar esse problema que cresce tanto”, explica.

Além das mulheres, os homens também foram incluídos no debate.

“Precisamos conscientizar toda a comunidade, já que a violência não é um problema restrito às mulheres. É preciso falar também com os homens, porque são eles, em grande parte, os agressores. Nosso papel é alertar e prevenir”, completa Cinthia.

Durante a ação, o CRAM apresentou seu trabalho e reforçou a importância da Lei Maria da Penha como instrumento de proteção. A advogada Débora Viana Barros destaca que o órgão é referência no acolhimento de mulheres em situação de violência de qualquer natureza.

“O Cram atua com uma equipe formada por advogada, psicóloga e assistente social, justamente para entender cada demanda e oferecer encaminhamentos adequados. Nosso trabalho vai além da violência doméstica e familiar; estamos preparados para atender também casos de violência institucional, política, obstétrica e outras formas de violência de gênero”, explica.

Segundo Débora, a campanha Agosto Lilás tem sido oportunidade para ampliar o alcance do serviço. “Estamos visitando CRAS, CREAS e até empresas privadas para falar sobre a lei e sobre como buscar apoio. Queremos que a população conheça o CRAM, porque muitas mulheres ainda não sabem que podem contar com esse atendimento especializado.”

As participantes também avaliaram positivamente a iniciativa. Maria Vitória, 22 anos, destaca os momentos de autocuidado e a palestra.

“Gostei muito da maquiagem, mas também aprendi sobre a importância de a mulher se valorizar e se proteger”, comenta.

Já Alessandra Oliveira, 47 anos, explica que a atividade foi esclarecedora.

“Achei excelente a palestra. Muita coisa que falaram eu não sabia. É bom ter conhecimento e nos unirmos para nos cuidarmos”.

Rede de proteção

O CRAM funciona na Folha 32, próximo à Clínica Climestra, e atende mulheres em situação de violência por meio de equipe multidisciplinar. A unidade também divulga informações em suas redes sociais, com contatos disponíveis para quem precisar de apoio. O número WhatsApp é (94) 98401-2022.

Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Paulo Sérgio