Após um intervalo, a Feira do Pôr do Sol está de volta oficialmente ao calendário de Marabá, movimentando a Praça São Félix de Valois todos os domingos, das 17h às 22h. A retomada marca uma nova fase do evento, que já havia realizado uma edição especial durante as comemorações do aniversário da cidade em abril. Agora, a feira seguirá até o fim do ano na Praça, com uma breve pausa em junho para participar dos festejos juninos do município e da Exposição Agropecuária de Marabá (Expoama).

Coordenada pelo Departamento de Emprego e Renda da Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac), a feira reúne cerca de 40 expositores, entre artesãos e empreendedores da área gastronômica. O espaço se consolida como uma importante vitrine para a economia criativa local, promovendo geração de renda e fortalecendo o empreendedorismo, sobretudo entre as mulheres.

Maryelle dos Santos Almeida, artesã especializada em acessórios infantis, participa do evento há dois anos e vê na feira uma oportunidade de transformação.

“Trabalhava como CLT, mas depois que me tornei mãe ficou difícil voltar ao mercado. Tive que me reinventar, e comecei a fazer laços, tiaras, acessórios. A feira representa muito pra mim. É importante para o empreendedorismo, especialmente para nós, mulheres, que estamos sempre buscando nosso espaço”, relatou.

Além dos feirantes fixos, o evento também atrai visitantes em busca de experiências culturais e produtos únicos. A estudante de Artes Visuais Maria Luísa, 21 anos, destaca o potencial da feira para o fortalecimento do comércio local.

“É uma iniciativa muito legal. A maioria das pessoas aqui são as próprias produtoras dos seus materiais. Já comprei aromatizantes naturais, peguei contato de uma artesã de crochê. Isso é muito importante para valorizar quem realmente faz o produto com as próprias mãos”, comenta.

A Feira do Pôr do Sol se destaca não apenas pela diversidade de produtos, mas também por seu papel social. Segundo o coordenador Hildo Tavares, o evento serve como continuidade das ações formativas promovidas pela Seaspac.

“Muitas dessas mulheres participaram dos cursos oferecidos pelo município, como oficinas de culinária paraense e de artesanato, e foram inseridas na feira como uma forma de aplicar e divulgar o que aprenderam”, explica.

Com clima acolhedor, opções gastronômicas e produtos artesanais feitos com dedicação, a feira se consolida como um espaço de convivência, cultura e oportunidades. “Quem ainda não conhece, está convidado a vir com a família. Estamos aqui todos os domingos para receber a população com carinho”, reforça.

Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Paulo Sérgio e John Wesley