Setembro Amarelo: Campanha leva roda de conversa ao Centro de Referência de Atendimento à Mulher
O Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) recebeu uma roda de conversa referente à campanha Setembro Amarelo, de prevenção e combate ao suicídio. A palestra voltada para mulheres atendidas pelo centro foi conduzida pela assistente social Ana Lídia Palheta, que faz parte da equipe do Ambulatório Especializado em Saúde Mental (Ament).
O objetivo do momento foi estabelecer um diálogo sobre o tema da campanha com as mulheres atendidas pelo CRAM buscando orientá-las e fazer um bate-papo sobre a importância do cuidado com a saúde mental e como isso afeta a vida da mulher e das pessoas ao redor. Para Ana Lídia Palheta, é essencial que as mulheres compreendam que as emoções são uma parte importante da vida, que precisa de cuidado.
“A gente sabe que o sofrimento adoece, que ser vítima de violência doméstica, violência de gênero nesse país tem trazido muito adoecimento psíquico para essas mulheres também. A nossa fala vem nesse sentido de empoderar essas mulheres, de fazê-las entender que elas são as vítimas, elas não podem se sentir culpadas por isso e que elas possam se fortalecer para lutar pelos seus direitos “, afirma.
O CRAM é um serviço que realiza atendimento e acompanhamento de mulheres em situação de violência com suporte psicológico, social, jurídico e pedagógico. O centro é ligado a Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac) e é composta por uma rede de apoio que conta com Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Mulheres (Comdim), Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres, Patrulha Maria da Penha, ParaPaz, Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).
Para a presidente do Comdim, Luana Bastos, a atuação da rede de proteção à mulher em Marabá é essencial para atender as mulheres em situação de vulnerabilidade em todas as suas demandas e com relação à saúde mental, tão afetada pela violência, não poderia ser diferente.
“Essa rede engloba todos os serviços das políticas públicas porque os temas são interligados, os serviços são interligados. Quando a gente fala da saúde mental, a gente está falando do todo, não somente o psicológico, mas também o físico, visto que as doenças são psicossomáticas. Então, quando vem a assistência social, saúde, quando vem todas as secretarias, se unem em um esforço para que a gente possa oferecer um serviço de qualidade ao cidadão, a gente consegue atingir as metas”, ressalta.
Esta campanha é realizada todos os anos com o objetivo de conscientizar as pessoas quanto à importância da vida e ajudar preventivamente para evitar o suicídio. Até o final do mês, a programação do Setembro Amarelo acontecerá em órgãos públicos, de escolas, faculdades, empresas e Unidades Básicas de Saúde.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Wellen Oliveira