Os Departamento de Educação Continuada e de Doenças Crônicas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizaram no dia 7 de fevereiro, capacitação sobre hanseníase para os médicos da rede municipal. Essa capacitação faz parte do cronograma anual da Escola da Saúde, que é uma forma de Educação Continuada para os profissionais da Atenção Básica, conforme esclarece a enfermeira e coordenadora da Escola de Saúde, Allem Lisboa.

“Temos a participação de profissionais médicos e também da coordenação de doenças crônicas. Os médicos que ministram, fazem troca de conhecimento. Contamos com a participação da doutora Diana Melkes, médica dermatologista; do doutor João Vitor, médico especialista em Saúde da Família e comunidade; da nossa visitadora sanitária, que faz parte do Departamento de Doenças Crônicas e do nosso coordenador Max Miranda, que faz a parte prática da avaliação de Hanseníase”, afirma.

A hanseníase durante muito tempo foi uma doença estigmatizada, é importante informar a população que a hanseníase tem tratamento e cura. O tratamento, a depender da forma clínica, varia entre seis ou doze meses, onde o paciente passa pela poliquimioterapia unificada. Max Rafael Miranda, coordenador de doenças crônicas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), explica que ao menor sinal da doença, o paciente precisa procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua casa.

“As pessoas podem procurar uma Unidade Básica de Saúde e serem encaminhados para o tratamento. O atendimento da hanseníase é totalmente gratuito e disponibilizado em todas as unidades básicas, tanto em zona urbana quanto em zona rural, por isso reforçamos a capacitação dos nossos profissionais, médicos e enfermeiros, para fortalecer a nossa rede, enquanto o manejo da hanseníase”, pontua.

A Lei Municipal nº 17.915/2019, determina que durante todo o tratamento contra a hanseníase, o paciente portador da doença recebe uma cesta básica como incentivo para a continuidade do tratamento. A partir do momento que o paciente faz uso da medicação, para de proliferar a doença, que não é mais passível de contaminação. É importante informar que o paciente deve iniciar e finalizar o tratamento.

A hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae que provoca alterações na pele, como manchas brancas ou avermelhadas, perda da sensibilidade e fraqueza muscular, podendo ser permanentes em alguns casos.

Texto: Sarah Maria
Fotos: Sara Lopes