SSAM: Gari dos Rios atua intensamente na limpeza das praias e margens do Tocantins
Os 22 agentes de conservação têm trabalho árduo durante o veraneio para manter as praias limpas
Durante o período de veraneio, quando os bancos de areia surgem e as praias ficam movimentadas, observa-se o acúmulo de lixo deixado por algumas pessoas que acampam ou visitam as praias nos finais de semana para lazer.
Duas equipes do Projeto “Gari dos Rios”, coordenadas pelo Serviço de Saneamento Ambiental de Marabá (SSAM), realizam a coleta dos resíduos deixados nas praias e às margens do Rio Tocantins. Este trabalho contínuo, essencial para preservar o meio ambiente e manter a área limpa e agradável, é realizado diariamente das 7h às 11h e das 13h às 17h.
Cerca de 22 agentes de conservação recolhem o lixo ao longo da Praia do Tucunaré, armazenando-o em sacos colocados em duas embarcações de 12 metros e uma de 9 metros, utilizadas para acessar áreas de difícil alcance, como as grotas ou para navegação durante as cheias. Cada embarcação de 12 metros realiza duas viagens diárias para transportar os resíduos até a margem. Depois, esses resíduos são colocados em contêineres que ficam em um depósito na Avenida Transmangueiras, e posteriormente são levados ao aterro sanitário.
Eles recolhem em torno de 300 sacos de lixo por dia que enchem cerca de três contêineres e meio, com 5m² cada. Todo o lixo recolhido vai para o aterro sanitário. A equipe é dividida em quatro. Três trabalham com os barcos nas coletas. São dois barcos com 12 metros de comprimento e um motor de 13 cavalos de potência e um barco de 9 metros. Há também outra equipe que fica responsável pela limpeza dos banheiros químicos.
Os materiais mais frequentemente coletados incluem garrafas pet, copos, pratos, garrafas de vidro e latinhas. Além disso, são recolhidas madeiras desgastadas, palhas e outros detritos. Durante a temporada de veraneio, as equipes do SSAM também se encarregam da limpeza dos banheiros químicos distribuídos pela praia.
Os plásticos são os principais vilões da vida aquática, podendo levar até 450 anos para se decompor. Uma lata de alumínio pode demorar cerca de 200 anos, enquanto um copo de isopor leva aproximadamente 50 anos para se desintegrar. Portanto, é fundamental que a população se conscientize e se responsabilize pelo descarte adequado do lixo que produz.
Além disso, quando o plástico fica nos rios, ele se fragmenta em pequenas partículas, os chamados microplásticos, que acabam participando da cadeia alimentar, geram a morte de animais e prejudicam toda a vida em torno do rio. Quando descartado de forma incorreta, o lixo plástico também pode causar entupimentos e transbordamento das valas, bueiros e grotas e por fim provoca poluição visual.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Paulo Sérgio