Na terça-feira, 5 de novembro, a sede da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM) recebeu a reunião mensal do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), que contou com uma apresentação especial sobre a Área de Proteção Ambiental (APA) do Canal Rio Tocantins e suas potencialidades turísticas.

O encontro reuniu conselheiros e representantes do setor de turismo, que discutiram a importância da APA para impulsionar o ecoturismo e o lazer na região, além de ressaltar a relevância da preservação ambiental.

A conselheira Amar Queiroz, representante do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhotel), destacou o valor do projeto para a diversificação do turismo em Marabá, que atualmente é voltado principalmente para negócios.

“O turismo de lazer e o turismo ecológico, desde que de maneira consciente e sustentável, são alternativas promissoras para a nossa cidade. Precisamos de apoio conjunto — prefeitura, governo do estado e governo federal — para fazer isso acontecer. Marabá, como parte da Amazônia, tem uma importância global”, pontuou.

Ela também comentou sobre a proposta de realizar as reuniões mensais em locais turísticos, como forma de fomentar o conhecimento dos conselheiros sobre os atrativos da região.

Welson da Silva, representante do Sindicato do Comércio (Sindcom), enfatizou a importância da conservação ambiental para a comunidade ribeirinha e para as atividades que dependem dos rios Itacaiúnas e Sororó, como passeios de barco, pesca esportiva e acampamentos.

Ele reforçou que a conscientização ambiental é essencial para que os locais continuem atraindo visitantes sem degradar a natureza. “Temos praias e lagos pouco conhecidos, que precisam ser mais divulgados e protegidos. A preservação é fundamental para que esses locais continuem sendo fontes de lazer e de sustento para as famílias ribeirinhas”, explicou.

Pablo Santos, geólogo da FCCM, apresentou um estudo de mapeamento da biodiversidade e dos lagos da região, parte de um projeto de criação de unidades de conservação federais em parceria com a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

“Marabá possui hoje 619 lagos catalogados, com uma diversidade rica de fauna e flora, além de sítios arqueológicos. Esses recursos naturais têm potencial de atrair turistas de toda a região amazônica, especialmente entre Itupiranga e a área conhecida como Bico do Papagaio”, detalhou Pablo, ressaltando que a criação das unidades de conservação é um passo estratégico para consolidar Marabá como um destino de ecoturismo.

A reunião reforçou o compromisso do COMTUR, FCCM e instituições comerciais da cidade na busca pela valorização do patrimônio natural e cultural de Marabá, buscando promover o desenvolvimento sustentável, aliado a transformar a cidade em um destino turístico integrado à preservação ambiental.

Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Arthur Constantino, sob supervisão do repórter