Gestão: Vice-prefeito João Tatagiba assume a Sicom com foco no setor produtivo e qualificação profissional
Nascido na Bahia, em 1966, João Tatagiba mudou-se com a família para o Estado do Pará na década de 1980. Primeiro, em Rondon do Pará e depois em Marabá, iniciando, aqui, uma longa carreira como empresário multifacetado. Tatagiba, agora, vivencia uma missão grandiosa: ser vice-prefeito de Marabá e estar à frente da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Mineração, Ciência e Tecnologia (Sicom).
Formado em administração, deu prosseguimento aos negócios da família nas áreas de comércio de gado, indústria madeireira e, atualmente, também com uma rede de clínicas de medicina do trabalho e convencional.
Ele já havia tido experiência como titular da Sicom em 2010, cargo que ocupou até 2012. No entanto, a experiência política foi ampliada e aperfeiçoada quando ingressou na Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim). Tatagiba acredita que a política sempre o rondou por causa da atuação coletiva com outros empresários na associação.
“Foi lá onde eu passei verdadeiramente a conhecer Marabá, passei a conhecer as demandas de Marabá. Para mim, foi uma escola, atuando na diretoria da associação. Assim, a gente vai entendendo melhor a cidade, a economia da cidade, a vocação econômica da cidade”, comenta.
Em 2021, João Tatagiba foi eleito presidente da Acim, tendo como uma das principais frentes de trabalho a atuação em prol dos fornecedores e empreendedores locais, internalizando recursos para a economia da cidade. Ele esclarece que quando esses agentes vendem mais, geram mais empregos e salários, fomentando a economia.
“Quando você trabalha o desenvolvimento econômico, o empreendedor investe, gera emprego. Aí, vem o salário. Quando você cria o salário, você coloca dinheiro no bolso do povo, que vai ser gasto na praça. Isso é desenvolvimento econômico”, ressalta o vice-prefeito, destacando que esse ponto guiará as ações da Sicom nos próximos quatro anos, com o objetivo de incentivar o setor produtivo a gerar riqueza.
“É contribuir para que Marabá tenha, a partir de agora, uma gestão desenvolvimentista. Marabá cresceu muito, mas não desenvolveu. O que queremos, através da Sicom, é trazer políticas desenvolvimentistas. Isso é o maior programa social que existe, a independência financeira para os cidadãos”, pontua.
Incentivar qualificação e investimentos
Um dos principais desafios para a nova gestão será a qualificação de mão de obra fazendo com que os profissionais permaneçam na cidade. Nesse sentindo, para este primeiro semestre de 2025, a Sicom empreendeu conversas com o consórcio construtor da nova ponte sobre o Rio Tocantins e Acim para realizar um programa de qualificação em parceria com o Sistema S de instituições privadas (Senai, Sesc, Sebrae, Senar, Sescoop, Sesi e Sest Senat). A ideia é fazer com que essa qualificação ocorra nos bairros.
Outra iniciativa será criar um ambiente favorável para atrair investimentos da iniciativa privada, por meio de leis de incentivo, ampliando a capacidade econômica do município que, segundo o secretário, já possui muitas vertentes econômicas.
“E o que precisa? Criar políticas desenvolvimentistas para explorar melhor essas vertentes econômicas: agronegócio, logística, indústria de transformação, turismo, educação. Tudo isso é vetor de desenvolvimento que a gente tem”, destaca Tatagiba.
Ciência e Tecnologia
Na visão do secretário, Marabá possui condições para dar início a um polo digital, de inovação tecnológica, e se conectar com as tendências globais. Nesse sentido, buscar exemplos de sucesso como Florianópolis e parcerias com instituições de ensino que serão essenciais.
“Criar programas para qualificar mão de obra na área tecnológica. Criar políticas para absorver mão de obra da tecnologia da informação, da computação, que está sendo formada na Unifesspa. Se você cria um polo de inovação aqui, você vai ter mão de obra para criar softwares, programas de computadores. E mais na frente, você pode ter condições de criar um polo de formação de startups”, exemplifica.
O secretário afirma que a Sicom vai acompanhar de perto as empresas que investirem em Marabá para a contratação de mão de obra local, bem como comprem de fornecedores do município.
“Essa demanda tem que ficar em Marabá e esse recurso ficará em Marabá. Agora, efetivamente com o poder público acompanhando”, conclui.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Igor Leite