Saúde: Terapia com fonoaudiólogos avança na rede pública municipal
O dia 9 de dezembro é a data destinada a celebrar o profissional Fonoaudiólogo, um diferencial no tratamento das patologias da fala e voz
Cerca de 40 pacientes recebem atendimento semanalmente na área da Fonoaudiologia, no Posto de Saúde Hiroshi Matsuda, localizado na Folha 11, Nova Marabá. Além desta Unidade Básica de Saúde, mais dois postinhos do município oferecem auxílio desta especialidade, são eles Enfermeira Zezinha e Pedro Cavalcante. Dia 9 de dezembro é a data escolhida para celebrar o Dia do Fonoaudiólogo, profissional da saúde responsável pelas áreas de prevenção, avaliação e reabilitação das desordens da voz e fala.
Os fonoaudiólogos em Marabá representam um diferencial de qualidade. Para Suely Martins Bezerra, fonoaudióloga do Posto de Saúde Hiroshi Matsuda, há 12 anos atuando na rede pública de saúde municipal, os profissionais dessa área possuem um grande amparo da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), para desenvolver as ações fonoaudiológicas.
“Aqui no Posto Hiroshi Matsuda atendo uma média de 40 a 50 pacientes semanais, que são os retornos de segunda a quinta-feira, as sextas-feiras são destinadas aos pacientes de primeira consulta. Eles são todos regulados, passam primeiro pelo clínico-geral e depois por mim, todos marcados pela regulação”, explica.Suely Bezerra detalha ainda que muitas vezes a população correlaciona a Fonoaudiologia com a parte escolar, bem como fala, problemas de voz, principalmente rouquidão e gagueira, porém a Fonoaudiologia vai muito mais além das áreas citadas. Logo, tudo que é relacionado a alteração da comunicação humana é ligado ao segmento. “É importante falar da prevenção, hoje temos muitas situações que começam e quando são tratadas no início são atenuadas. Fazer os exames auditivos logo quando nasce o bebê, que é a triagem auditiva neonatal, teste da orelhinha, pois a criança que não escuta ela não vai desenvolver sua fala normal”, ressalta.
Outras áreas também são desenvolvidas pelos fonoaudiologistas, como a área hospitalar e terapêutica, tanto na reabilitação para quem sofreu AVCI (Acidente Vascular Cerebral Isquêmico). Há também a reabilitação para aquelas pessoas que ficaram sem falar (afazia), como também daquelas que ficaram sem deglutir, sem engolir o alimento. O profissional da área de saúde também atua logo nas primeiras horas de vida do paciente, assim que o paciente é estabilizado.
“Esses pacientes vêm até os fonoaudiólogos encaminhados pelos profissionais dos hospitais, tanto dos particulares como do Hospital Regional “Dr. Geraldo Veloso”. Chegam até aqui para fazer a reabilitação. Os pacientes também de TCE (Traumatismo Cranioencefálico), sequelados de traumatismo craniano, a maioria deles passa por mim e por outros colegas de outros postos de saúde”, frisa Suely Bezerra, complementando que a reabilitação é para conseguir se alimentar e deixar de usar sonda, que traz muitas infecções hospitalares.
PÚBLICO-ALVO
O fonoaudiólogo deve ser procurado quando for observado alguma alteração na fala ou voz, e ainda alguma dificuldade para se comunicar. Geralmente quem procura de livre e espontânea vontade são os profissionais que utilizam a voz como ferramenta de trabalho, a exemplo jornalistas, professores, cantores e ainda pais que percebem atraso na fala dos filhos. Os neurologistas e otorrinolaringologia são os especialistas que mais encaminham os pacientes para os fonoaudiólogos.
O gerente da Unidade Básica de Saúde, Dilceu da Conceição Barroso Júnior, destacou a importância do profissional da Fonoaudiologia na UBS, principalmente as crianças que possuem Autismo. “Na comunidade dos arredores do posto de saúde, por se tratar de uma área que a grande maioria não tem acesso pela questão financeira, o profissional dessa área atua com papel fundamental, a rede pública proporciona o tratamento, por isso a procura é grande na Unidade. É notório o desenvolvimento no decorrer da terapia em si”, explicita.
Texto: Emilly Coelho
Fotos: Paulo Sérgio