Gestão: Audiência Pública define itens da licitação do transporte público
Agora, o Termo de Referência, após compilado, irá para Comissão de Licitação da Prefeitura, para que seja criado o edital de convocação
Terminou às 14 horas, desta quinta-feira (30), no Cine Marrocos, Marabá Pioneira, a Audiência Pública para apresentação e discussão do estudo técnico a fundamentar o Termo de Referência, para lançamento do edital para concessão do transporte público. A audiência iniciou às 9 horas e contou com a presença da sociedade civil que lotou o auditório. Durante o evento, a equipe técnica da Secretaria de Segurança Institucional de Marabá (SMSI) realizou anotações sobre todas as demandas da comunidade. As sugestões agora serão analisadas e o que estiver dentro da legalidade será acatado no edital para que a empresa vencedora da licitação cumpra.
Na abertura da Audiência Pública, a mesa foi composta pelo coordenador de transporte do DMTU (Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano), João Pereira, o diretor do DMTU Emanuel Souza da Cruz, o secretário municipal de segurança institucional Jair Guimarães, Sabina Silva, representando a comunidade, e ainda os vereadores Cabo Rodrigo Lima, Wilker Moraes e Gilson Dias, representando o Legislativo, e Quitéria Sá, procuradora geral adjunta do município.
“Estamos tendo a oportunidade de melhorar o serviço, devemos aproveitar o momento para opinar. Estamos preocupados em melhorar o serviço que não está a contento. Eu desejo que possamos debater e chegar a um denominador comum”, destacou o coordenador de transporte do DMTU, João Pereira.
O diretor do DMTU, Emanuel Souza da Cruz, ressalta que o Departamento a todo momento através do Conselho Municipal de Transporte e de várias reuniões com as empresas Nasson Tur Turismo e TCA Transportes, sempre buscou soluções, para que o serviço fosse prestado com a melhor qualidade para a população. “Hoje é de fundamental importância para a comunidade a participação na Audiência Pública, pois será definido o modelo do transporte coletivo que a gente espera para Marabá”, detalha.
O vereador cabo Rodrigo Lima frisou que é preciso haver debate uma vez que, vê a necessidade da Audiência Pública. “É preciso que a gente avance e tenha serviço de qualidade”, reitera cabo Rodrigo, lembrando dos cadeirantes e estudantes.
SMSI
O secretário municipal de Segurança Institucional, Jair Guimarães, lembra que a Audiência Pública é uma exigência da Lei de licitações Nº 8.666. “A audiência requer que a comunidade participe e está lotado o Auditório. Todas as sugestões foram colhidas e as alterações necessárias com devida legitimidade serão feitas no Termo de Referência, que após compilado irá para Comissão de Licitação da Prefeitura, para que seja criado o edital de convocação, para que assim as empresas possam participar”, explica.
MELHORIAS
A grande cereja do bolo é o Terminal Definitivo de Integração, por onde a frota de ônibus vai racionalizar o tempo, combustível, pneus, custo da operação. “O nosso objetivo é entre uma linha e outra a pessoa não passar mais de 15 minutos na parada. Esse é um modal diferente com 77 ônibus, sendo 25% da frota nova e com ar-condicionado”, diz Jair Barata, ressaltando que todas as etapas estão previstas para terminar em até três meses.
“Mas para que a comunidade não fique na mão, a prefeitura tem o plano B para não deixar a comunidade sem o ônibus coletivo. A comunidade merece um transporte público de qualidade”, garante.
USUÁRIAS
Kátia Cunha é usuária de cadeira de roda e utiliza o transporte para ir à faculdade e resolver demandas pessoais. “O que a gente quer que exista realmente é a acessibilidade, porque acessibilidade não é só para pessoas com deficiência, como também para gestante, idoso e mãe com bebê. A acessibilidade não existe no transporte público, porque o que adianta ter a rampa no ônibus se ela não funciona? ”, questiona ela, que sugeriu que os ônibus fossem monitorados por um aplicativo.
Sabina Silva, moradora do Bairro Jardim Vitória, é a favor de outra empresa operar em Marabá, uma vez que não aprova a atual. “As pessoas demoram muito na parada de ônibus e são desrespeitadas. Não está adianta nada essa empresa. Tenho certeza que sairá uma resposta satisfatória”, almeja.
Texto: Emilly Coelho
Fotos: Paulo Sérgio dos Santos / Sérgio Silva
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