Saúde: CEI completa cinco meses em novo espaço com média de 1300 atendimentos mensais
O Centro de Especialidades Integradas (CEI) tem grande importância na vida de seu Edson Alves, 55 anos. O soldador faz tratamento com neurologista no centro há mais de 2 anos, desde quando descobriu a atrofia muscular, uma sequela causada pela hanseníase. “Se não fosse o tratamento eu nem conseguiria andar. Minha perna atrofiava, meus braços atrofiavam. Aqui eu consigo a consulta, exames e já sou encaminhado para receber a medicação”. O CEI pra mim é tudo”, enfatizou o soldador.
Há 1 ano e 6 meses, Patrícia Dimas, 28 anos, foi diagnosticada no Hospital Municipal com pedras nas glândulas submandibulares. Segundo a vendedora, o problema lhe causava dores constantes, que só foram amenizadas com o inicio do tratamento com a médica de cabeça e pescoço, disponível no CEI.
“Eu descobri o CEI por meio da rede municipal e quando conheci a doutora minha vida mudou. Eu só vivia morrendo. O atendimento é ótimo. A maioria dos exames eu fiz pelo município, outros por decisão minha resolvi fazer particular. Agora já vou fazer minha cirurgia no Hospital Municipal”, comentou a vendedora, que estava com a cirurgia marcada para esta terça-feira (04).
Todos os dias o CEI atende em torno de 160 pessoas nas mais diversas especialidades. Ao todo 17 especialistas garantem uma média de 1.300 atendimentos mensais no centro, que completou 5 meses em um novo espaço.
Fábio Lima, gerente do CEI, explica que os usuários do centro são os encaminhados pela Unidade Básica de Saúde. “A nossa demanda só vem aumentando a cada dia. Agora temos o serviço de mamografia e a máquina de raio-x também está em operação, com uma média de 80 exames por dia. Antes os pacientes eram encaminhados ao HMM e isso vai agilizar o atendimento, aqui nos casos de ortopedia”, enfatizou o gerente.Daniela Casanova, especialista de cabeça e pescoço, disse que o novo espaço proporcionou melhorias também para os profissionais. Ela destaca que agora existe espaço para guardar os materiais perfurocortantes, abridor de boca, entre outros.
“Aqui a gente tem a melhoria do espaço físico. Temos espaço adequado para passarmos com pacientes cadeirantes, quando necessário. A gente tem um espaço bem melhor para atender” avalia a médica que cuida de casos bem específicos como câncer de língua, de pele, garganta, nódulos nas glândulas, tumores no rosto e principalmente tireoides.
O CEI também tem uma farmácia que disponibiliza medicação gratuita para os pacientes. Maria Nilva Barbosa, 44 anos, conhece bem o serviço. É lá que garante a medicação da filha de 19 anos que sofre com epilepsia. Segundo ela, o custo do remédio para a família seria de 80 reais. “Já tem 5 anos que ela faz tratamento. Antes vinhamos todos os meses, agora a cada 60 dias. O tratamento daqui é muito importante, se ela não usasse esse remédio controlado de casa, daria muitas crises”, observa a dona de casa.
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Paulo Sérgio dos Santos