SEASPAC: Feira de artesanato na Praça Duque de Caxias completa 04 anos
Evento de comemoração também reuniu produções feitas por usuários dos serviços do Centro de Atenção Psicossocial
A manhã do domingo foi de arte na praça Duque de Caxias. Dezenas de artesãos participaram da exposição de artesanato. O evento, realizado todos os domingos, comemorou 4 anos. E o dia teve de tudo um pouco, a música, contação de histórias e declamações de poesias. A exposição oportuniza à população marabaense conhecer um pouco da produção artesanal na região.
O vereador Frank Carrero prestigiou a feira. Ele foi o autor de uma emenda impositiva para aquisição de barracas para os artesãos. “A visão que temos é que os artesãos precisam de apoio e essa tenda vai melhorar o trabalho deles, pois vai proteger além do sol, também das chuvas. Nós agora estamos tentando adquirir uma caminhonete para facilitar ainda mais os trabalhos desses profissionais”, afirmou o parlamentar.
Para Derace Muriel, Diretora do Departamento de Geração de Emprego e Renda da Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários, falta a população perceber a importância do trabalho artesanal e vir mais a praça, por ser um momento único de descontração e de lazer junto à família. “Estamos num dia festivo e precisamos de um apoio maior da própria população pois estamos aqui prontos para recebê-los. São 4 anos que estamos aqui e, com muita luta, persistimos e precisamos que vocês possam vir nos visitar e conhecer os melhores e mais bonitos artesanatos da região”, disse.
A artesã Doralice Siqueira está há mais de duas décadas trabalhando no setor. Ela conta que a situação do grupo melhorou bastante nos dois últimos anos. “Muita luta e persistência e vamos trabalhando e agora vamos ganhar umas barracas para poder trabalhar melhor e nós sabemos que as dificuldades são grandes para todos, mas acreditamos que aos poucos as coisas estão melhorando, e convidamos a população para conhecer nossa arte porque estamos aqui todos os domingos”, lembra a artesã.
CAPS
Ainda na Feira do Artesanato, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) expôs um ateliê aberto de atividades lúdicas e artesanatos produzidos e criados em oficinas terapêuticas do órgão. Trata-se de uma prática dos Caps, são as atividades extramuros, que promovem a inclusão social de usuários de saúde mental do município.
Segundo Adriana Tábata dos Santos, coordenadora do Caps II, o trabalho do órgão abrange ações intra e extramuros ou comunitárias, dirigidas prioritariamente às pessoas em situação de sofrimento psíquicos persistentes e severos. Nesta exposição os trabalhos abordam o movimento da luta antimanicomial, que se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental.
A coordenadora do Caps II relembrou que desde a década de 1970, muitos movimentos ligados a saúde denunciaram abusos cometidos em instituições psiquiátricas, além da precarização das condições de trabalho, reflexo do caráter autoritário do governo no interior de tais instituições. Com intuito de acabar com os manicômios, o projeto de reforma psiquiátrica no Brasil visava substituir aos poucos o tratamento dado até então por serviços. A próxima atividade do Caps acontece dia 18 de maio em virtude da luta antimanicomial.
Texto: Victor Hâor e Emilly Coelho
Fotos: Hilton Rodrigues